Nesta quinta-feira (19) o prefeito Guti, ao lado de secretários, discutiu com entidades do setor produtivo algumas medidas que serão adotadas na cidade em razão do combate ao novo coronavírus (covid-19).
De acordo com Guti, é preciso tratar o assunto com seriedade a fim de diminuir a contaminação. “Precisamos estabelecer um pacto pela vida neste momento. É economia versus vida e, de fato, estamos numa guerra invisível em que nosso inimigo está matando. Não é brincadeira, não é extremismo. Temos que analisar os resultados e preservar vidas”, afirmou.
Ele ressaltou que o município está atento à saúde da população e tem adotado as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e demais órgãos sobre prevenção e protocolos. “O meu papel é tomar decisões. Talvez essa seja a situação mais crítica que enfrentarei na vida em um papel de liderança. Precisamos achatar a curva para não perder gente. Não podemos ser uma nova Itália”.
O secretário de Governo, Edmilson Americano, salientou que a Prefeitura terá queda na receita, mas que as determinações precisam ser imediatas. “Não adianta fecharmos os bares, por exemplo, daqui a uma semana, dez dias. As recomendações do Estado não estão adiantando. Neste exato momento, pessoas estão sendo infectas e algumas apresentam quadros assintomáticos. Isso significa que podemos estar em contato com o vírus e não saber”, disse.
“Como nosso prefeito disse, é fundamental que façamos um pacto pelas nossas vidas, pelas vidas dos nossos pais, avós, filhos. Esse é o maior pacto. Temos que abrir somente o que é essencial à vida. Não adianta eu tomar cuidado, mas cruzar com uma pessoa que não tomou e me contaminar”, completou Americano.
Segundo o secretário de Saúde, José Mario Stranghetti Clemente, até o início da tarde desta quinta-feira Guarulhos tinha 284 casos notificados. Destes, 249 aguardam o resultado dos exames. Descartados são 31. Há ainda quatro casos confirmados com contágio internacional, não comunitária, que é quando a pessoa teve contato com alguém que viajou ou esteve fora do país.
“A questão é que não estamos esperando receber uma pandemia, ela já chegou. Não há outra maneira de se encarar uma guerra na qual o inimigo é invisível, quando não se tem tratamento nem vacina, a não ser prevenção. E, nesse caso, infelizmente a prevenção é evitar o contato social, porque a transmissão do vírus se dá em razão disso”, afirmou Clemente.