Brasília, onde os poderes iguais falam, mas divergem, enquanto no Continental Brasil os fortes gananciosos se prevalecem e os pobres pagam a indevida conta. Faz sessenta anos que assisti, na hora e no local, o presidente Juscelino Kubistchek de Oliveira entregar a nova Capital da República para o Povo Brasileiro.
Foi brilhante e revestido de grande entusiasmo de um jovem que, à época, possuía pouco menos de vinte anos de idade, Pois, até então havia assistido ficticiosamente nos livros de historia o descobrimento do Brasil por Pedro Alvarez Cabral e a primeira Missa rezada pelo frei Henrique de Coimbra. Agora, para um mortal como eu, assistir ao vivo a inauguração da Capital do Brasil foi deveras emocionante. Sobretudo ao relembrar aquele auspicioso momento, onde, nesta data, se festeja os sessenta anos da sua existência oficial.
Contudo, nem tanto! Porque o abalo afetivo dos dias presentes está também em mim encarcerado como de tantos outros neste País, porque os Poderes Constitucionais que foram firmemente construídos pelo ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO estão ainda divergindo, sem assinalar qualquer luz para o que virá depois da reconstrução de tudo o quanto já foi feito para o bem e a felicidade coletiva. Festejo, pois, este feriado de 21 de abril com amargura, não obstante a continuada esperança que mantenho no fortalecimento do conhecimento e dos ideais da brava gente verde e amarelo, tanto quanto eu.
As restrições que a natureza da vida nos impôs são apenas momentâneas. Isto mesmo! Apenas momentâneas! Vamos à luta! Outros 21 de abril virão e reflorescerão com o mesmo entusiasmo histórico que tive há sessenta anos. Nada a temer, porque este momento deverá ser também histórico, mas, e principalmente, de conhecimento e reflexão para um mundo melhor dentro de uma NOVA ORDEM.
A. Darci Pannocchia – Presidente
Sociedade Guarulhense de Educação
Mantenedora do Centro Universitário FIG-UNIMESP