A Prefeitura de Guarulhos, por meio da Secretaria de Cultura, divulgou a segunda edição do relatório sobre o mapeamento cultural de trabalhadores da cultura e espaços culturais da cidade. Os arquivos, disponíveis para acesso no endereço www.guarulhos.sp.gov.br/mapeamentocultural, apresentam dados coletados no período de 27 de maio a 15 de junho e serão atualizados e disponibilizados quinzenalmente com novos dados a partir da continuidade do mapeamento.
Além de oferecer um diagnóstico do impacto provocado pelas restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, o mapeamento também permite o planejamento de medidas que possibilitem um retorno rápido e organizado das atividades culturais no período pós-pandemia.
Os dados
A segunda edição do relatório contabilizou 152 registros de pessoas ligadas a 20 diferentes setores culturais. O de maior representatividade foi o da música, com 27%.
Pouco mais da metade dos trabalhadores estão na faixa etária entre 31 e 50 anos e atuam na área cultural há mais de dez anos. As três maiores áreas de atuação dentre os trabalhadores são artistas, com 41%, formadores, com 17%, e produtores, com 12%.
A proporção de trabalhadores sem emprego formal ativo alcança 74% e apenas 31% recebem o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal. A região central de Guarulhos é a que mais possui trabalhadores culturais, com um terço dos registros.
O relatório de espaços culturais registrou 17 locais, dos quais quatro são imóveis próprios. Desse total, 47% estão localizados na região central. Onze espaços são geridos por micro ou pequenas empresas.
Dois dos espaços registrados possuem 20 trabalhadores e nove espaços possuem entre dois e cinco funcionários. Um terço dos espaços mobilizam indiretamente, em suas atividades mensais, mais de 50 colaboradores.
Quase um a cada três espaços funcionam há mais de 20 anos, a mesma proporção daqueles que recebem atividades de formação cultural.
Em 87% dos espaços o impacto da Covid-19 provocou demissões, redução de jornada de trabalho e/ou de salário ou realização de teletrabalho.
Mapeamento cultural
“O preenchimento do cadastro para mapeamento cultural é de grande importância para garantir que recursos emergenciais externos, caso venham a ser liberados, possam chegar aos artistas independentes e espaços culturais o mais rápido possível”, explica o secretário de Cultura, Vitor Souza.
No próximo sábado (20), às 15h, a Pasta de Cultura promove reunião virtual com a classe artística guarulhense. A pauta do encontro aborda os aspectos da Lei 1.075/2020, que prevê a destinação de recursos para auxílio emergencial aos trabalhadores da cultura. A reunião será transmitida pela fanpage do Arquivo Histórico no Facebook (https://www.facebook.com/arquivohistoricogru/) e contará com as participações do secretário Souza e do vice-presidente do Conselho Municipal de Política Cultural, Elvis Roberto.
O cadastro de profissionais ligados à cultura, artistas e espaços culturais do município, realizado pelo mapeamento cultural ao longo de todo o período de distanciamento social e também no pós-pandemia, permite a coleta e organização desses dados.
“O mapeamento cultural é uma ferramenta permanente da cidade para que as ações emergenciais na área da cultura possam ser pensadas de maneira ampla, gerar estratégias para que a cidade se reconheça em suas atividades e para que possamos nortear tais ações diante do Plano Municipal de Cultura. É fundamental que os artistas se apropriem desse cadastramento e incentivem uns aos outros ao seu preenchimento para que possamos ter um retrato fiel das atividades da cidade e, neste momento de pandemia, dos impactos causados, tanto do ponto de vista social quanto do econômico, de todos os trabalhadores da cultura em diferentes áreas, sejam elas artísticas, técnicas ou de suporte e formativas”, pontua o secretário.
Para conhecer os dados da primeira edição do mapeamento cultural acesse www.guarulhos.sp.gov.br/mapeamentocultural.