Caminhoneiros bloqueiam vias em protesto contra restrições em SP

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Jovem Pan – Caminhoneiros fazem protesto nesta sexta-feira, 5, contra as medidas adotadas pelo governador do Estado de São Paulo, João Doria. A manifestação acontece, nesse momento, em pelo menos dois pontos da cidade, com interdição da Marginal Tietê, sentido da Rodovia Ayrton Senna, que apresenta 10km de congestionamento. Na Zona Sul da capital paulista, os protestos acontecem no Terminal Varginha. Os manifestantes reclamam do retorno da Fase Vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva. As novas restrições no Estado entram em vigor neste sábado, 6, com o objetivo de frear a transmissão do coronavírus e reduzir o número de internações, casos e óbitos pela Covid-19.

Por volta das 10h, os carros circulavam na Marginal Tietê com um tráfego melhor e uma aparente liberação das vias. Os protestos causaram congestionamento em todo o entorno da Marginal, principalmente na altura da Ponte dos Remédios, principal foco da manifestação. Desde as primeiras horas da manhã, apenas carros conseguem passar por uma das faixas liberadas — enquanto caminhões são impedidos de seguir viagem.

A polícia tenta negociar a liberação das demais vias. As manifestações causaram, ainda, reflexos em outras estradas que ligam o interior do Estado à capital paulista. O principal reflexo aconteceu na Rodovia Castello Branco, onde o trânsito começou antes do pedágio de Alphaville. Considerando a situação, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio municipal de veículos em São Paulo. Segundo o órgão, além da Marginal Tietê, outras corredores principais, como a Radial Leste, também registraram congestionamento e enfrentam reflexos da paralisação.

Em nota, o governo paulista afirmou que ir contra as medidas restritivas do Plano São Paulo é “ignorar a morte de 60 mil pessoas no Estado, que contabiliza mais de sete mil pacientes nesse momento deitados em leitos de UTI”. Segundo o comunicado, a decisão de ampliar as restrições de circulação de pessoas e funcionamento das atividades econômicas foi uma recomendação pelo aumento de casos, internações e mortes pela Covid-19. “O protesto é um boicote ao esforço dos profissionais de saúde que lutam para salvar vidas em meio a uma pandemia”, diz o texto e “uma forma de tentar camuflar a realidade macroeconômica que o país”, com aumento nos combustíveis, na dívida pública e nos alimentos. Para finalizar, o governo reconhece a gravidade da crise econômica e reforça que “mantém canal aberto com todos os setores e representantes de associações”.

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