Empresário de Guarulhos pede reclassificação etária de polêmico filme; Justiça altera de 14 para 18 anos

Educação País

Diário de SP – Horas depois do empresário guarulhense Felipe Guti entrar como uma representação solicitando a reclassificação indicativa do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” de 14 para 18 anos como idade mínima, o Ministério da Justiça decidiu mudar a classificação da comédia. O despacho, assinado pelo secretário José Vicente Santini, foi publicado ontem (16) do Diário Oficial da União e também recomenda que o filme seja exibido após as 23h em televisão aberta.

O próprio Ministério da Justiça já havia na última terça (15) censurado a exibição da comédia em plataformas de streaming após a produção ficcional ser atacada nas redes sociais por conta de uma cena em que crianças sofrem assédio sexual de um personagem adulto.

Felipe Guti, que é ligado ao setor da educação, decidiu então solicitar a reclassificação da classificação etária. “Não devemos tratar como comédia um tema que desperta gatilhos fortíssimos sobre a violência contra crianças. É insensível, desnecessário, cruel e prejudicial. Devemos ensinar com seriedade crianças e adolescentes a identificarem momentos de perigo e como solicitar ajuda diante deles, e não a rirem diante de situações como essa.”, destacou.

A nova classificação
A nova classificação etária, com os devidos descritores de conteúdo, deve ser utilizada em qualquer plataforma ou canal de exibição de conteúdo classificável em até cinco dias corridos, citando “tendências de indicação como coação sexual; estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa”.

Suspensão
O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça argumentou que a suspensão busca “a necessária proteção à criança e ao adolescente” e previa multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento. Em 2017, a pasta havia liberado o filme com a classificação indicativa de não recomendado para menores de 14 anos.
A determinação foi aplicada a Netflix, Globo (dona das plataformas Telecine e Globoplay), Google (YouTube), Apple e Amazon

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