Espetáculo com sobreviventes de Hiroshima tem apresentação única no Teatro Adamastor

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Um jovem e duas crianças que estavam na cidade de Hiroshima, no Japão, em 6 de agosto de 1945, data em que a bomba atômica foi lançada, integram o elenco de Os Três Sobreviventes de Hiroshima, espetáculo teatral que acontece no próximo sábado (8), às 19h, no Teatro Adamastor. Os ingressos gratuitos devem ser adquiridos pela plataforma Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/os-tres-sobreviventes-de-hiroshima-em-guarulhos/1695354) ou na bilheteria do teatro com antecedência de uma hora do espetáculo. A classificação recomendada é de dez anos e a duração é de 60 minutos.

No palco, dois sobreviventes do primeiro ataque nuclear da história dão depoimentos sobre uma das piores tragédias da humanidade. Além dos momentos do ataque nuclear, os sobreviventes relatam os dias seguintes da explosão e a imigração para o Brasil.

A partir do gênero teatro-documentário, Os Três Sobreviventes de Hiroshima reconstrói a história do militar Takashi Morita (em vídeo), na época com 21 anos, interpretado pelo ator Ricardo Oshiro, e das crianças Kunihiko Bonkohara, com cinco anos, e Junko Watanabe, com dois anos, que estavam em Hiroshima no dia do assassinato em massa. Em cena, eles atuam no formato de teatro documental, também conhecido como biodrama. Fotos originais e canções da época executadas pelos sobreviventes compõem o clima da apresentação.

O espetáculo

Com roteiro e direção de Rogério Nagai, o espetáculo deu origem ao projeto Sobreviventes pela Paz. A ideia surgiu em 2012 com pesquisas sobre a comunidade nipo-brasileira e a imigração japonesa no Brasil. Foram doze meses de pesquisas, palestras, estudos, debates, lançamento de livro, exibições de documentários, leituras dramatizadas e apresentações teatrais.

Os Três Sobreviventes de Hiroshima é realizado pela Nagai Produções Artísticas e Culturais e pela Prefeitura de Guarulhos, por meio da Secretaria de Cultura. É a primeira vez que o espetáculo vem à cidade, depois de passar por municípios como Curitiba, Rio de Janeiro, Campinas, Ribeirão Preto, Santos e Bauru. Ao longo dos últimos nove anos foram mais de 28 apresentações, vistas por cerca de 15 mil pessoas.

O texto, ainda que trate de uma tragédia, leva uma reflexão sobre a paz por onde passa, com uma mensagem forte de resiliência, perdão e superação. Colocar os sobreviventes em cena é uma maneira que o projeto encontrou de mostrar a importância de propagar e manter a paz, para que acontecimentos como o de Hiroshima nunca mais se repitam.

Hiroshima

Em 6 de agosto de 1945, no estágio final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos lançam uma bomba atômica de urânio na cidade de Hiroshima. Três dias depois, atingem Nagasaki com uma bomba de plutônio. Foram milhares de mortos e feridos, além de sobreviventes que buscaram retomar suas vidas depois da tragédia. Os números oficiais informam entre 130 e 240 mil mortos como resultado daqueles que foram os primeiros e únicos ataques nucleares contra civis em toda a História.

No Brasil há 70 sobreviventes das bombas atômicas. Após a ajuda médica e o reconhecimento dado a essas vítimas, os sobreviventes passaram a se dedicar à propagação de mensagens de paz e pelo fim de armas e usinas nucleares no Brasil e ao redor do mundo.

Serviço

O Teatro Adamastor fica na avenida Monteiro Lobato, 734, Macedo.

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