A Oficina de Danças Circulares, que ocorre mensalmente na tenda verde do Bosque Maia, traz neste domingo (26) a edição especial do Novembro Azul e Negro, ressaltando o cuidado com a saúde do homem e as lutas da população negra nas rodas. Realizada das 10h às 12h, a prática é uma oportunidade de os homens explorarem sua sensibilidade e criatividade por meio de músicas e movimentos.
Denise Antunes, principal articuladora na cidade, explica que a dança circular é uma maneira de explorar movimentos, expressões e conexões emocionais de uma forma que transcenda estereótipos. “Muitas vezes pode haver uma ideia equivocada de que essa forma de expressão é exclusivamente feminina, mas na verdade a dança circular é para todos, independentemente de gênero, raça ou idade”, ressalta.
A prática tem raízes antigas e atravessa diferentes culturas ao redor do mundo. Os homens que se abrem para a dança circular descobrem novas formas de expressão e de interação com o mundo ao seu redor. É uma chance de quebrar barreiras, explorar a diversidade cultural e permitir vivenciar uma arte ancestral que celebra a união, a alegria e a harmonia entre as pessoas.
Heitor Massanori Maruyama é um deles. Conheceu as rodas que acontecem no Bosque Maia no grupo de pintura e arte que frequenta na cidade. “Gosto de participar da roda porque me permite ver o mundo de forma mais humana. Penso nela como a vida, não tendo certo ou errado, só uma dança que permite a cada pessoa se divertir em grupo. Para nós, homens, a roda abre as portas para conhecer a dança de forma simples, permitindo nossos primeiros passos para nos desenvolvermos”, relata.
Além disso, Denise explica que participar de danças circulares pode trazer benefícios físicos e emocionais. “Não se trata apenas de passos ou técnica, mas sim de se deixar levar pela música, se conectar com os outros dançarinos e criar um vínculo harmonioso. É uma forma de expressão do movimento, evolução e consciência corporal. Ao mesmo tempo, pode ser uma experiência terapêutica, ajudando a reduzir o estresse, aumentar a autoconfiança e promover um senso de bem-estar geral”, explica.
Para participar não é necessário saber dançar, basta comparecer ao local na data e horário marcado, com roupas leves e confortáveis. Antes de iniciar a oficina, gratuita e aberta a todos, os focalizadores, aqueles que guiam a atenção do grupo, ensinarão passo a passo as coreografias, permitindo que todos gradualmente as internalizem.
Serviço
O Bosque Maia está localizado na avenida Paulo Faccini, s/n°, no Centro