Segundo relato de Ronnie Lessa em sua delação premiada, ele afirma ter sido contratado por Domingos e Chiquinho Brazão para realizar o assassinato de Marielle Franco. Lessa alega que o pagamento proposto pelo crime envolvia a concessão de um loteamento clandestino na zona oeste do Rio de Janeiro, com um valor futuro estimado em pelo menos R$ 100 milhões. Além disso, ele menciona que teria sido oferecida a oportunidade de se tornar um dos líderes de uma nova milícia na mesma região.
Lessa declarou durante sua delação, com duração de duas horas e trechos exibidos em uma reportagem do programa Fantástico, que não foi contratado como um assassino de aluguel, mas sim para uma associação. Ele afirma ter aceitado a proposta imediatamente, sem conhecer inicialmente o alvo do crime. Inicialmente, o político Marcelo Freixo foi cogitado como alvo, porém, devido à sua visibilidade, o plano foi considerado mais arriscado. Posteriormente, Marielle Franco foi escolhida como alvo, supostamente por suas atividades políticas contrárias aos interesses dos envolvidos.