Como parte da 4ª Semana de Direitos Humanos de Guarulhos, a administração municipal promoveu nesta quarta-feira (4) a palestra “Nem toda pessoa com deficiência é igual: uma conversa sobre marcadores sociais da diferença” no auditório do Sindicato dos Bancários, no Jardim Zaira. O evento foi organizado pela Subsecretaria da Igualdade Racial em parceria com o Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial (Compir) e a Unifesp.
“Essa atividade reafirma o compromisso da gestão com ações afirmativas como eixo central de atuação, promovendo a equidade racial e a inclusão de pessoas com deficiência. Reconhecemos o desafio de mobilizar um público maior, o que nos motiva a aperfeiçoar nossas estratégias de engajamento e comunicação. Nosso papel é avançar em políticas públicas que transformem realidades e construam uma sociedade mais justa e inclusiva”, destacou a subsecretária Andreia de Andrade.
Já a presidente do Compir, Greice de Oliveira, destacou que o encontro foi pensado na interseccionalidade sobre as trajetórias de vida que são atravessadas por questões de raça, gênero e classe social e produzem situações de desigualdades. “Precisamos olhar para isso e produzir o cuidado adequado. É uma pauta para o conselho se atentar, articular propostas e estreitar conversas com outras secretarias visando a fortalecer a atenção às pessoas negras de nosso município”, explicou Greice.
O tema da palestra ficou a cargo da professora da Unifesp, a fonoaudióloga Sandra Regina Leite de Campos, especialista em língua para surdos e que discorreu sobre os direitos humanos linguísticos, especificamente a surdez. “Linguagem é poder. É necessária a mudança da postura social para que olhemos a pessoa com deficiência como um bônus e não como ônus. Pensar a pessoa como ser humano e a deficiência como uma característica”, disse a especialista.
Para a professora, a interseccionalidade dos fatores sociais influencia a identidade de um indivíduo e a forma como ele se relaciona com as pessoas e acessa direitos. “A sociedade precisa potencializar essas pessoas e esse movimento tem que ser feito a partir da pessoa com deficiência, com ela e sob a perspectiva dela”, afirmou Sandra.
A Semana de Direitos Humanos prossegue até a próxima terça-feira, dia 10, com atividades gratuitas desenvolvidas por várias regiões da cidade, as quais podem ser consultadas no link https://bit.ly/4SemanaDHGru.
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