Uma reivindicação do prefeito Guti, que havia protocolado no início de janeiro ofícios junto aos governos estadual e federal solicitando a inclusão dos profissionais da educação no grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19, foi atendida pelo Executivo federal. Na noite desta terça-feira (2) o governo informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a área da educação fará parte da lista de serviços essenciais que terão acesso prioritário à vacina.
A Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, segundo nota informativa, afirma que o ambiente escolar é potencialmente exposto à infecção por Covid. A nota cita que, “principalmente no ensino básico, esses profissionais possuem contato com muitos alunos simultaneamente, e é de extrema relevância a vacinação dos trabalhadores da educação”.
Nos ofícios encaminhados, a Prefeitura de Guarulhos argumenta que a imunização é importante para tranquilizar os educadores e as famílias que temem o retorno das atividades presenciais e evitar que as crianças não compareçam para mais um ano letivo. “O esforço dos professores para reinventar a escola mediante plataformas online e televisivas deve ser reconhecido e valorizado, porém a socialização e o aprendizado dentro do ambiente escolar, com segurança para todos, não podem ser substituídos”, destaca o prefeito.
Para o secretário de Educação, Paulo Matheus, essa é uma medida acertada e elogiável, uma vez que a segurança de profissionais e alunos neste momento é a prioridade da gestão. “Não podemos colocar nosso capital humano, crianças e seus familiares em risco, nem facilitar a propagação do vírus. Apesar de todo o planejamento que fizemos e da testagem de todos os profissionais, somente a vacina vai proteger com eficiência a comunidade escolar”.
Matheus lembra que o fechamento das escolas no ano passado, medida que se mostrou correta e necessária, impediu a elevação ainda maior no número de infectados, “mas precisamos avaliar os
impactos psicossociais e socioeconômicos da interrupção das aulas”.
A manifestação do governo federal foi realizada dentro de uma ação movida junto ao STF cobrando um detalhamento das ações e de qual a prioridade de vacinação contra Covid-19.