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A redução da jornada de trabalho deve ser o principal tema das celebrações do 1º de maio.

As celebrações do Dia do Trabalhador deste ano terão como um dos principais temas de discussão a proposta de emenda à Constituição que visa acabar com a escala 6×1 (PEC 8/2025). Além disso, outros dois assuntos estarão em pauta nos eventos organizados pelas centrais sindicais: a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 e a igualdade salarial entre homens e mulheres que ocupam a mesma função.

Em conversa com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, ele destacou que, para fortalecer o debate no Congresso até que a mudança constitucional se torne viável, as centrais estão promovendo a redução da jornada de trabalho nas negociações coletivas e por categorias. “O incentivo do movimento sindical é mudar a Constituição, mas desde o início do século passado, a redução tem se mostrado possível ao ser fortalecida na base, nas negociações e acordos coletivos”, afirmou.

Embora o debate sobre o fim da escala 6×1 tenha avançado, a aprovação da PEC no curto prazo é considerada improvável, como já mencionei em uma coluna anterior em novembro. O deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), autor da PEC 221/2019, que também trata da redução da jornada, argumenta que a proposta de uma escala 5×2 com uma longa regra de transição é mais viável para aprovação. O setor de comércio e serviços, por sua vez, é o mais resistente à proposta da PEC 6×1, devido às características específicas dessa área.

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